quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Um novo Tottenham se consolida

Um dos times que menos perdeu na temporada, o Tottenham fecha 2015 dentro da zona classificatória para a Champions League. Jogando um futebol ofensivo, valorizando a posse de bola e agredindo o adversário, o clube londrino conseguiu expressivos resultados como a goleada em cima do City por 4 a 1 ou o atropelo contra o West Ham, rival londrino, pelo menos placar.

Mas como o clube londrino conseguiu chegar a esse estágio? É o que tentaremos explicar aqui com breves pontos que justificarão a campanha.

Arrumando a casa

Para entender o atual momento dos Spurs é preciso voltar a agosto quando a torcida, dirigentes e, principalmente, Pochettino tentavam imaginar o que fazer no mercado para trazer o Tottenham de volta ao bom futebol. O plantel em questão não agradava e enquanto todo mundo pensava em reforçá-lo com urgência, o comandante argentino tratou de liberar quem não fazia parte dos seus planos. 

Soldado rumou ao Villarreal por 16 milhões de euros, Paulinho para o Guangzhou por 14, Capoué e Stambouli para Watford e PSG, respectivamente, por 9 foram as principais saídas. Ainda deixaram o clube Chiriches, Holtby, Lennon e Kaboul.

Paulinho e Soldado custaram, juntos, 35M de libras ao Totenham. Foram vendidos por 21, em agosto. (Reprodução)
Em paralelo às saídas, o clube se movimentava timidamente. Os Spurs perdiam tempo sondando Berahino em uma negociação que não se concretizou. Ainda irritados, os torcedores eram obrigados a se satisfazer com chegadas contestadas. Son parecia caro: 30 milhões de euros foram gastos no coreano. Alderweireld custou 16 junto ao Atlético de Madrid. N'Jie chegou pertíssimo da janela fechar por 14. Wimmer, zagueiro que ainda não emplacou, 7 e Trippier, destaque do rebaixado Burnley, quase 5. De positivo, apenas a lembrança que a janela não significou grandes gastos, notícia excelente para quem pensa em construir seu novo estádio.

Son: Contratação mais cara da janela. (Fox Sports)
É o que temos, então vamos lá!


Após limpar o elenco, o clube precisava fazer acontecer com as peças que tinha em mãos. Cercado por desconfiança, coube a Pocchetino trazer o time de volta ao cenário de destaque. 

O trabalho de ajuste foi gradativo e contou com a crescente de jogadores que antes estavam apagados, como Dembele e Lamela, o surgimento de Dier como primeiro volante e a afirmação de Dele Alli como uma das grandes revelações do campeonato.

Kane começou mal a temporada, mas cresceu e já aparece como arthileiro da equipe. Além disso, o elenco parece aceitar a baixa rotatividade em detrimento da qualidade de jogo. Son é o jogador mais caro da janela e não reclama da reserva (decide alguns jogos que entra). N'Jie, também contratado, não obteve grandes minutos e Trippier está no mesmo cenário. 

Formação

O time entra em campo com um 4-1-4-1 em que a ordem é não ficar parado. A zaga é formada pelos belgas Vertonghen e Alderweireld que dividem a defesa com Walker e Rose. 

Subindo menos e coordenadamente, não sobrecarregam tanto o "carregador de piano" Dier, grata surpresa. O jovem inglês foi lateral e zagueiro na última temporada e agarrou muito bem a chance de ser titular da equipe na nova posição. Nas pontas, sem novidades nos nomes de Eriksen e Lamela porém, o que mudou no setor foi o desempenho dos pontas, contribuindo bem mais para o jogo. 

Para fechar, Dembele e Alli mudam de posições freneticamente e volta e meia aparecem na área para definir jogadas ou servir Kane, grande destaque da equipe até então.

Até onde pode ir esse Tottenham? Ninguém sabe. As últimas temporadas mostraram que não é certo acreditar piamente, mesmo na melhor fase. Porém, há muito não se via um time tão lúcido do que faz na cancha, mostrando que qualquer time é perfeitamente ajustável na mão de um treinador competente e jogadores que compram as suas ideias.

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