sábado, 13 de dezembro de 2014

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!


Incrível como a dona FIFA não consegue mais levar o futebol com o mesmo motivo de antes. Está certo que é óbvio o interesse no dinheiro em qualquer atitude que a entidade tenha, mas às vezes dá pra inventar algo e tentar enganar. Hoje, presenciei um fato ridículo e que merece uma nota dos clubes que atuaram, Cruz Azul e Sydney Wanderes, que jogaram sobre um gramado encharcado, pior do que o gramado de várzea do Brasil.

O mundial está acontecendo no Marrocos e tem o Real Madrid como principal clube do torneio. Inclusive o Cruz Azul, que saiu vencedor após 120 minutos de futebol, vai enfrentar o Real Madrid na semi-final. Os times empataram em 1 a 1 no tempo normal e o time mexicano venceu na prorrogação por 3 a 1. O fato é que o gramado estava horrível, algo fora do comum. A bola não rolava 1 metro, por causa das poças de água que se formaram no gramado. A bola não rolou e a FIFA pouco se importou em adiar o evento.

Pior ainda, tudo isso mostrou o quanto a FIFA não se programou para o evento, como faz com os estádios da Copa por exemplo, quando passam por diversas revisões para atender os pedidos de luxo, por que não fez isso também com o seu torneio de clubes? Assim fica difícil servir de exemplo para uma entidade nacional, como a CBF por exemplo, como a AFA na Argentina, como outras entidades que têm dificuldades de organizar um calendário nacional minimamente humano, uma estrutura razoável para jogadores, jornalistas e outros envolvidos com o espetáculo, principalmente o torcedor, que é o dono do produto final.

Enfim, fica aqui a nossa nota de repúdio ao gramado e a organização do Mundial de Clubes, que só mostra o quanto a FIFA se importa com o seu próprio torneio. E que fique claro, não estou reclamando da chuva, afinal pode chover, nevar, seja lá o que for, mas que o gramado esteja preparado e se o sistema de drenagem não estiver funcionando, basta adiar o jogo, qual o problema? Quem assistiu sabe que não estou exagerando. Ficou feio!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Como explicar a pane de Anfield?

Não há dúvidas que o Liverpool é, até aqui, uma das grandes decepções da temporada europeia. O tradicional time vermelho faz campanha vexatória na Premier League, título que não conquista desde 1990, quando o Campeonato Inglês ainda não tinha os moldes atuais de disputa, o que só aconteceu em 1992.  Na temporada passada, apesar de não ter levado o caneco na Inglaterra, conseguiu uma vaga na Liga dos Campeões da temporada 2014/2015, tendo conquistado o segundo lugar com apenas dois pontos a menos do campeão, Manchester City.  A vaga na Liga dos Campeões não vinha há algumas temporadas e, obviamente, a expectativa era grande para que o time de Anfield conquistasse sua sexta taça do torneio. Porém, o sonho acabou precocemente. O Liverpool cai na fase de grupos com apenas cinco pontos em seis jogos. O que explica a péssima temporada dos Reds tanto em seu Campeonato Nacional, quanto na Liga dos Campeões?

O Liverpool foi eliminado da Champions depois do empate em 1 a 1 com o Basel, da Suíça

O primeiro ponto que pode ser destacado é a venda da grande estrela da companhia, o atacante uruguaio Luís Suarez. O grande condutor do Liverpool na temporada 2013/2014 e grande responsável pelo vice-campeonato inglês com 31 gols marcados foi vendido para o Barcelona por 75 milhões de libras.

A saída de Luís Suárez é um dos fatores do atual fracasso dos Reds

Depois da saída de seu grande artilheiro, era óbvio que o Liverpool tinha que trazer jogadores que pudessem repor à altura a saída do uruguaio. Com o dinheiro da venda, vários jogadores chegaram a Anfield. O zagueiro croata Dejan Lovren, o meia Adam Lallana e o atacante Rickie Lambert chegaram oriundos do surpreendente Southampton; a jovem promessa Lazar Markovic veio do Benfica; o lateral Alberto Moreno foi contratado junto ao Sevilla; Emre Can veio do Bayer Leverkusen e o polêmico Mario Balotelli veio do Milan para ser o substituto de  Suárez no ataque dos Reds e a nova estrela da equipe junto do eterno capitão Steven Gerrard. É, parece que não deu muito certo.

Balotelli é a grande decepção do Liverpool na temporada
A grande esperança depositada no italiano Balotelli foi se esgotando a cada atuação pífia do italiano com a camisa vermelha. O atacante ocupa as capas dos tabloides ingleses, mas não é devido ao bom futebol, mas sim por suas peripécias fora das quatro linhas e as péssimas atuações em campo. Um fracasso total. Adam Lallana é outra decepção. Reforço mais caro (25 milhões de libras), o inglês não é, nem de longe, o grande jogador que foi outrora no Southampton. Os gols e boas atuações de Rickie Lambert também ficaram em St. Mary’s. Markovic parece não ter se adaptado ao forte futebol inglês e é visto como outra decepção. Os jogadores que já estavam na temporada passada não conseguem repetir as boas atuações, temos como exemplo Phillipe Coutinho e Jordan Henderson. Daniel Sturridge, vice-artilheiro da Premier League 2013/2014 com 22 gols se lesionou no início da temporada e é considerada uma grande perda, ainda mais quando se vê os problemas no setor ofensivo da equipe.

A lesão de Daniel Sturridge representou grande perda técnica ao Liverpool

Em suma, é um time com bons jogadores, mas que não conseguem jogar coletivamente. Diante desse cenário temos, como possível culpado, o treinador Brendan Rodgers. Escalações bem questionáveis são frequentes na temporada da equipe de Anfield.
Enfim, um conjunto de fatores culmina na campanha medíocre dos Reds. Para o bem do futebol mundial, espera-se que o tradicional time vermelho volte logo aos seus tempos de glória. Será uma árdua missão, porém, o apoio da apaixonada torcida sempre será incondicional, já que entoando aos quatro cantos do planeta durante cada jogo em Anfield, ela sempre manda o recado: "You'll Never Walk Alone".

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Mata mata ou pontos corridos e uma Supercopa do Brasil


Estava sem nada para fazer, inclusive o blog todo é feito por horas que fico sem fazer nada, então daí vocês tiram. Enfim, decidi pegar um breve histórico das últimas onze edições do campeonato brasileiro para imaginar alguns confrontos e como seria se o modo de disputa fosse eliminatório.

Quanto a Supercopa do Brasil, a CBF dá sinais de que possa criar o torneio e já estrear em 2015. O que não me permite pensar outra coisa a não ser que haja um interesse financeiro na final com clássico mineiro. Por este motivo também peguei supostos jogos que seriam de disputa pela Supercopa de 2005 com os campeões nacionais de 2004 até 2015 com Galo e Cruzeiro.

Vamos simular ano após ano de campeonato brasileiro, quais seriam os confrontos do mata mata e na sequência o campeão do ano (de verdade) enfrentando o campeão da Copa do Brasil:
--
2004

Santos x Internacional
Atlético PR x Juventude
São Paulo x Goiás
Palmeiras x Corinthians

Supercopa do Brasil 2005: Santos x Santo André
--
2005

Corinthians x Cruzeiro
Internacional x Paraná
Goiás x Atlético PR
Palmeiras x Fluminense

Supercopa do Brasil 2006: Corinthians x Paulista de Jundiaí

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Salvem o verde da bandeira

- De Natal/RN, Brasil

Segue o desabafo de um Palmeirense:
--
"Desde que o Palmeiras caiu em 2002, criou-se uma falsa impressão que a simples queda para o segundo escalão do futebol brasileiro muda tudo dentro de um clube de futebol.
Não muda. As regulares campanhas em 2004 e 2005 fizeram muitos palestrinos sonharem com um futuro promissor, mas o que vemos aqui são apenas três títulos nos últimos dez anos, muito pouco para a grandeza que temos e deixamos de lado a cada gestão incompetente que se passa.
A queda por si só não é benéfica. São necessárias mudanças que mexam com as panelas que vemos dentro de um clube de futebol. É necessário desmantelar isso, o ambiente da gestão de muitos clubes é muito mais parecido com o de partidos políticos, quando deveriam ser apenas pessoas que, em tese, estão unidas em torno de um único motivo: fazer da Sociedade Esportiva Palmeiras um clube grande novamente.
O rapaz (Diretor Executivo) do Cruzeiro está chegando e, novamente, esses caras vão se escorar em um nome de peso, mas sem deixar de fazer as mesmas coisas que fazem há décadas.
Não existe um salvador da pátria, amigos! Ou todos se dispõem a aparar arestas e profissionalizar suas funções, ou o caminho será a ruína total e absoluta."
— se sentindo de saco cheio.
--

E você? O que acha que falta para o Palmeiras voltar aos seus tempos de glória? Acredito que com o Allianz Parque, o clube voltará aos bons tempos. Mas e você? Acredita em tempos melhores para o verdão? Comenta ae:

domingo, 7 de dezembro de 2014

Ruim com ele, pior sem ele


E chegamos a mais um final de ano, chegamos a mais um final de Campeonato Brasileiro. É, infelizmente o ano vai acabando e as quartas e domingos ficam sem futebol na TV. Nos sentimos uma criança quando briga com outra, passamos o ano todo criticando o campeonato, criticando a CBF, mas quando imaginamos nossos dias sem futebol, gera uma mini depressão. Por sorte ou azar, sobram os campeonatos europeus pra gente.

Mas a verdade é que o Campeonato Brasileiro vem se destacando na luta por vaga em Libertadores e vaga na Série B, os títulos têm sido definidos com rodadas antecipadas e o time apenas cumpre tabela no restante dos jogos.

A verdade é que vamos sentir saudade da falta de organização, do modo pelada ligado, dos jogos entre Figueirense e Sport, das aventuras da Chapecoense, dos estádios vazios, de alguma chamada do Emerson Sheik na câmera da super globo, do time misto do Flamengo, dos "pojetos do pofexô" Luxa, da torcida do Criciúma, do he-man defendendo o árbitro, do Thiago Heleno colocando o mesmo árbitro para correr, do Cruzeiro vencendo todas, do Mano irônico (e demitido), do Leandro Damião que não faz gols compatíveis com o seu super preço, do Durval na zaga, Rodrigo Pimpão e cia eliminando o Fluminense em pleno Maracanã, ABC carimbando o Cruzeiro em Natal, Paulo Baier, Alex, Everton Ribeiro, D'Alessandro, enfim... Que voltem logo para a alegria de alguns e desespero de outros.





Destaques: Atlético e Cruzeiro, não teria como ser outra dupla. Os times mineiros mandaram no Brasil em 2014, complementando o que foi 2013, que dividiram as atenções com o Flamengo, mas agora o Brasil é deles.

Decepções: Botafogo e Palmeiras, um caiu e o outro por pouco não foi. As gestões que não agradam, os ídolos de lata que eles abraçam, precisam mudar, com urgência.

De novo: Internacional, quando será que eu vou ver o Inter campeão do Brasil? Novamente o clube fica por ali, mas não exatamente ali.

Bola de Lata: Pato, muito caro, muita grife e pouca produção. Pelo salário e pelo marketing, deveria fazer uns 20 gols. Divida o mérito da lata com o presidente do Botafogo que não soube mais o que fazer e chutou o balde no "fogão".

Prêmio MMA: Chapecoense, Sport e Figueirense - Estão de parabéns pela luta que fizeram contra a degola e se salvaram com rodadas de antecipação.

Luto - Futebol nordestino com apenas um representante na primeira divisão (Sport) e o luto vem para o rebaixamento da dupla baiana.

Obrigado - Alex, pendurou as chuteiras na última rodada do Campeonato Brasileiro 2014. Lenda.

Inventei esses prêmios para resumir o que foi o futebol nacional neste ano em alguns pontos, é claro que vou esquecer de muitos outros, mas é isso, vai fazer falta, mesmo que não seja o que queremos. Sonhamos que a cada início de ano algo venha a melhorar. 2015 pode ser o início de novos tempos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Luz no fim do túnel


Olá viciados em futebol, cá estou para falar mais um pouco sobre os assuntos que minam o futebol todos os dias, o assunto de hoje é a dívida reduzida do Flamengo e a perspectiva do clube para trabalhar com as finanças leves em 2017, será que isso é possível?

Em matéria publicada pela página online do jornal "O Globo" e assinada por Tatiana Furtado, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, afirma que em 2017 o clube poderá contar com até R$ 100 milhões livres para investimentos. Se é uma carta para tentar reeleição em 2015 ou não, a verdade é que o clube vem equacionando a dívida do clube e trabalhando com um elenco mínimo, que suporte a realidade financeira do clube.

Bandeira afirmou que pagou R$ 200 milhões de dívidas, diminuindo o valor de R$ 750 milhões para R$ 577 milhões, podendo diminuir mais R$ 15 milhões até o último dia do ano. Ainda lembrou que 2015, será mais um ano difícil, mas que poderá ser melhor que 2014. 

Com base no que li a respeito da atual diretoria do Flamengo e o que tem sido feito para a melhoria da saúde financeira do clube, Bandeira e cia, merecem cópias por todo o futebol. A CBF precisa interferir na saúde financeira dos clubes ou daqui a alguns anos o futebol brasileiro correrá risco de extinção.

A torcida é outro ingrediente fundamental na luta pela organização. O Flamengo conta com uma torcida, até aqui, tranquila. O clube tem que escolher entre pagar suas dívidas e se organizar financeiramente ou montar times cascudos para ganhar campeonato. O Flamengo já fez diversos empréstimos nesses últimos 30 anos, sempre com intenção de manter elencos mais fortes, mas com escolhas erradas.

A verdade é que mesmo com times que gastavam muito, o Flamengo não era favorito nos campeonatos que disputava e se fosse pra continuar assim que fosse com times que gastam menos, como está acontecendo agora. O time mediano que chegou a uma semi final de Copa nacional e chegou ao 8º lugar do campeonato nacional, além de ser campeão carioca 2014. Por outro lado, o momento financeiro só melhora.

O próximo passo do Flamengo é criar um vínculo com seu torcedor, criar planos simples para sócios que moram por todo lado do Brasil, não apenas o torcedor carioca. Para que a torcida possa abraçar o clube e chegar a um momento saudável na história do clube. Que a oposição não atrapalhe o momento de recuperação rubro-negra e que outros clubes copiem a força de vontade da diretoria atual do Flamengo.

Leia a entrevista completa em: http://oglobo.globo.com/esportes/bandeira-diz-que-reduziu-divida-do-flamengo-em-200-milhoes-14683221#ixzz3KMPXOzjO

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

CBF e Rede Globo, o veneno do futebol brasileiro!

Me indicaram um bom texto que reflete a realidade do futebol brasileiro, que vem se transformando em algo que não é. Como séculos atrás, copiamos da cultura europeia o uso do terno com gravata no dia a dia, esqueceram que no Rio fazia 40ºC na rua. Hoje a cultura discutida será outra, leiam no texto:



O homem domesticado!

“CBF e Rede Globo, o câncer do futebol”. Com esta frase escrita em uma faixa, cerca de 10 torcedores acenderam sinalizadores neste domingo no jogo Corinthians x Grêmio para protestar contra o preço abusivo dos ingressos e as condições do futebol brasileiro.

Porém, a forma escolhida para fazer este protesto não foi bem aceita por vários torcedores que estavam no local. No mesmo momento em que os sinalizadores foram acesos copos d’água e xingamentos voaram na direção deles. Houve uma pequena confusão e dois deles foram presos, entregues à polícia pela própria torcida.

Há bem pouco tempo atrás, quando as arenas estavam sendo inauguradas, se ouvia muito sobre um tal “novo modelo” de torcer e de torcida. Atualmente não ouvimos mais falar sobre isso, sabe o motivo? Porque já virou realidade. A projeção de marketing ganhou corpo e agora senta nas cadeiras das arenas.

A célebre frase de Malcom X de amar os opressores e odiar os oprimidos com a ajuda da imprensa aterrissou de vez no Parque São Jorge. Nesta empreitada temos a voraz ajuda daqueles que supostamente deveriam organizar o futebol, resumo mais que perfeito nos dizeres da faixa de protesto, ou seja, o motivo de acender sinalizadores nunca foi tão justo.

Aliás, já foi mais justo sim. Quando seu time entra em campo, faz gol, ganha um título. Fumaça, cor, bandeiras, baterias, loucura, choro. Tudo que sempre marcou a maioria das torcidas vem se resumindo a virar um mero consumidor de um produto. Precisa ver a alegria juvenil de meia dúzia quando vê o seu nome impresso numa cadeira de plástico, chega a ser chocante de tão ridículo.

Estes respeitadores da ordem e dos bons costumes proferiram xingamentos ensurdecedores aos que protestavam. Enquanto isso, no decorrer do jogo, silêncios constrangedores destes faladores. Silêncio às vezes quebrado pelo ridículo grito de “bicha” ao goleiro gremista, ou ao “chupa Felipão” no fim do jogo. Xingar de bicha pode, mas acender sinalizador não pode. Entendeu?

Ser cagueta agora é legal sabia? Respeitar leis burras e desnecessárias é a última moda na Arena Corinthians. Sobre esse tipo de gente, os papagaios da mídia, meu avô dizia: quem muito abaixa a cabeça acaba mostrando a bunda.

Em cima deles os burocratas e capitalistas do futebol se criam e quanto a isso é necessário dar os parabéns, vocês conseguiram.

Conseguiram que o STJD seja mais importante para o campeonato dos que os pontos que o seu time ganha.

Conseguiram fazer com que as súmulas dos árbitros sejam mais temidas do que os atacantes adversários.

Conseguiram fazer o lazer de muitos virar o consumo de poucos.
Conseguiram fazer torcedor brigar com torcedor porque quer torcer.

Toda a lei joga algumas pessoas na clandestinidade e esta mesma clandestinidade sempre gera resistência. É ridículo, mas aqui no Brasil acender sinalizador é desobediência civil. Vamos perder um mando de campo por causa disso? Que surjam outros sinalizadores no campo que formos jogar. Em Manaus, Ribeirão Preto, Belém, Mato Grosso, Minas, qualquer um.

Que surjam mais focos de desobediência a leis cretinas, que esgotem as cidades onde vamos jogar. Talvez tenhamos que mandar jogos até na Argentina, mas aí tudo bem, porque lá eles mantêm a tradição das arquibancadas e as nossas organizadas poderiam mostrar todo o seu potencial de novo.

Enquanto os argentinos barbarizam nos seus estádios, no Brasil, na tela da Globo, seu time é representado por um cavalinho de pelúcia e você ainda dá um sorrisinho quando o vê. Parabéns, você foi domesticado.

O texto está publicado em: 
http://destilariadabola.wordpress.com/2014/11/24/homem-domesticado/

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Pinta e borda de azul e branco!


Mais um tapa na cara da sociedade, a mesma tapa que o São Paulo já havia dado na década passada. O Cruzeiro foi campeão pela segunda vez consecutiva do campeonato brasileiro. Cá entre nós, isto não foi sorte. Parabéns Cruzeiro, pelo tetra campeonato.

Parecia VT, o Cruzeiro abriu vantagem no Brasileirão e não voltou mais, campeão de forma antecipada e sem brechas para alguém sonhar com o título. Ainda se deu ao luxo de tropeçar em algumas rodadas, no mesmo período em que perdeu para o ABC em Natal, pela Copa do Brasil (mas passou). O Cruzeiro mostrou uma força quase igual a de 2013, imparável, parecia o Chelsea contra West Ham, Hull City, Aston Villa, etc. Era um verdadeiro líder de campeonato, não perdeu pontos rotineiramente em partida contra times menores, mesmo que fosse fora de casa. Isso é o que faz o campeão: Se impor e não perder pontos em partidas fáceis.

O que os grandes times do Brasil têm como dificuldade comum é a falta de capacidade de assumir o papel de favorito e fazer valer o título. Com todo o respeito aos clubes, mas basta fazer um ranking de receitas e tirar o poder de investimento. Enquanto um Figueirense, Chapecoense, Sport, Vitoria, Bahia, etc... Contam com um baixo investimento e conseguem tirar pontos dos "grandes", Corinthians, Flamengo, São Paulo e Internacional (eterno favorito ao título) que contam com receitas gigantes, não conseguem vencer esses times com tranquilidade.

Até gosto do equilíbrio criado no Brasil, mas estou apenas apontando fatos. Mesmo com a diferença absurda de investimentos, os clubes grandes brigam para não cair todo ano. Isso só pode ter um título: falta de capacidade de seus dirigentes.

O Cruzeiro e o Atlético Mineiro chamaram a atenção da América e, talvez, do mundo nos últimos anos. Agora basta olhar para suas estruturas e entender o motivo disso. Ambos contam com CTs super organizados e com estrutura adequada para o futebol em todas as escalas do profissionalismo. Assim como o SPFC, que por falta de gestão, estava ficando para trás no cenário nacional, porém em 2014 deu sinais de volta ao topo do Brasil, brigou com o Cruzeiro até onde podia, ficará com o vice-campeonato.

Cruzeiro bi campeão e só?

Pra ser ousado, diria que o Cruzeiro não chegará no Top-3 de 2015. Se chegar, será surpresa. Acredito que Goulart e Ribeiro sairão em janeiro para clubes europeus, Lucas Silva deverá tomar o mesmo rumo, além de uma peça ou outra do setor defensivo, por exemplo. Com as saídas, que não aconteceram em 2013, o Cruzeiro deve passar por algo muito comum no Brasil, que é a nosso desmanche de campeões. O Cruzeiro ainda demorou a passar por isso, conseguiu manter o mesmo nível do time de 2013 para 2014, mantendo Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, dois símbolos das campanhas de ouro dos mineiros. Se saírem, será difícil encontrar peças capazes de substituir dois grandes nomes.

Marcelo Oliveira, para aplaudir de pé.

O técnico que foi bi finalista da Copa do Brasil com o Coritiba e, consequentemente, demitido do Coxa, conseguiu duas campanhas maravilhosas com o Cruzeiro. Eu pergunto, é sorte? Marcelo demonstrou no Coritiba que tinha capacidade de atuar na elite, a cultura não o deixou em paz e foi perseguido após alguns resultados ruins (alguém precisa dizer que no futebol você ganha, perde ou empata, ainda tem gente pensando que só pode ganhar). Hoje, Marcelo Oliveira deve agradecer, se não fosse isso, não estaria no topo do futebol brasileiro, ao lado de Tite e Muricy Ramalho, pra mim Top-3 do Brasil no momento.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A ditadura do apito


O futebol passa por um momento de reflexão, em todos os lugares do planeta os árbitros estão aparecendo mais do que os jogadores em 1/3 das partidas. Isso é um fator preocupante, visto que deveria passar despercebido, vai para a partida apenas para aplicar a regra, deixa a câmera para os jogadores driblarem e comemorarem (se puder..)

Um post no sentido de atenção, quero apenas virar o debate para o que anda acontecendo no nosso esporte amado. Os resultados não passam mais a realidade do jogo e não é por causa de sorte, é falta de profissionalismo ou qualidade mesmo. Os árbitros não são profissionais, no sentido da palavra, e acabam prejudicando o espetáculo com erros absurdos.

É falta de profissionalismo ou qualidade?

Atualmente, todos nós sabemos, que os árbitros não recebem um salário fixo para sobreviver apenas da atividade. Logo, fica difícil pedir a um árbitro que passe dias e noites estudando o que você faz. Como pedimos ao advogado, ao médico, ao professor. Enfim, começo a sentir que eles não estão atuando mal intencionados, começo a acreditar que é falta de qualidade mesmo, não sabem o que estão fazendo ou não estão preparados o suficiente. E isso é preocupante, já tivemos pênalti marcado fora da área e sem ser falta. Já tivemos impedimentos ridículos não marcados, decisão de campeonato (carioca) decidido por um gol (inválido) no final do jogo. 2014 está sendo um dos piores anos da arbitragem no Brasil e no mundo, pode até ser impressão minha.

E a tecnologia?

Até agora, a Copa do Mundo demonstrou um exemplo maravilhoso de uso da tecnologia. Os sensores de linha do gol auxiliaram de verdade e pelo menos no quesito "entrou ou não entrou" nós não fomos enganados. Mas não tenho esperança de que vai ser utilizado da forma que foi pelos campeonatos do mundo, talvez a UEFA implante. Mas acredito que tem que ser estudado e barateado mais, atualmente é uma soma de aparelhos para implantar o recurso.

Como a Major League Soccer pode ajudar?

Alguém aí já assistiu a uma partida de Futebol Americano Universitário? Quem puder assista, é um exemplo. Os esportes universitários norte-americanos dão um show de espetáculo e organização simultaneamente. Agora é a vez da MLS, liga de futebol dos EUA ajudar ao resto do mundo. Temos a NBA, como ideal para o basquete mundial, temos o Hóquei no Gelo também, temos o Beisebol, temos a NFL como o futebol americano e toda a sua tecnologia, dentre outros. Todos os esportes recebem investimentos e são organizados da melhor maneira, produzindo um espetáculo incrível. Talvez o futebol receba esses cuidados e em alguns anos teremos uma influência da liga americana de futebol em alguns pontos de uma partida de futebol.

A ditadura do apito

Estou um pouco enojado como a forma é tratada no cenário do futebol, atualmente um árbitro não pode ser questionado, aplaudido, nem muito menos receber uma careta, etc. Atualmente são 05 árbitros atuando na partida, um principal, dois assistentes (bandeirinhas), mais dois assistentes que ficam ao lado de cada gol, sem contar com o 6º que organiza os bastidores. São SEIS árbitros e mesmo assim acontecem erros ridículos. Impedimentos claríssimos, faltas que não aconteceram, bola que bate na trave atravessa mais de 30 cm de linha e o assistente do lado, e na linha do gol, não enxerga. Reclamar não adianta, apenas contará mais um cartão amarelo para a súmula.

O meu destaque de todos é o jogador receber amarelo por interpretação do árbitro, por exemplo: Simulação, nem sempre o jogador realmente simulou, talvez ele até tenha tropeçado em algo e caiu, o árbitro aplica o cartão por que interpretou que é amarelo. Aplausos, jogadores que gostam de aplaudir o árbitro quando este aplica alguma punição a sua equipe, o árbitro interpreta como "ironia" e amarela o atleta. Dentre outras, como a mão na bola e bola na mão.

A verdade é que o futebol precisa passar por uma reformulação urgente, antes que caia na mesmice. Os árbitros precisam de uma reciclagem. As regras precisam ser reelaboradas e clareadas, visto que a interpretação tem que ser mínima. Não podemos continuar com definições a critério do árbitro, isso pode ser ruim para o próprio nome, ir do céu ao inferno em uma única partida por que interpretou da maneira que ele quis algum lance crucial.

E a melhor profissão será a de comentarista de arbitragem, vê tudo pela TV com direito a replay e no final diz se foi ou não e se o árbitro errou ou não. Assim fica fácil. E aí o que você acha que deve ser feito para remodelar o futebol brasileiro com relação a arbitragem?

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Empurra mais com a barriga, que está pouco!


2014 é ano de eleição, mas ficará marcado pela segunda Copa do Mundo realizada em território brasileiro. Novas arenas foram construídas e passaram a fazer parte do contexto do futebol brasileiro, pelo menos na teoria. O padrão FIFA passou e voltamos a ser "terra de índios" no futebol. Agora o que estamos assistindo é o estouro da bomba de tantos anos de corrupção e ausência de atitudes no futebol nacional, os clubes estão afundando.

Há alguns anos o clube dos 13 foi desfeito e cada clube se tornou independente para lutar por seus direitos, infelizmente ou felizmente. Mas a verdade é que hoje temos uma CBF apática e sem demonstrar melhorias, mesmo após o 7 a 1 aplicado pela Alemanha. Não deveria ser o ponto da mudança, mas gostaríamos que tivesse servido de aprendizado, mas a cara de pau dos dirigentes atingiu tamanho nível, que nem mesmo uma vergonha mundial os faz parar um pouco para mudar 1% do futebol nacional e o "Bom senso FC" já foi praticamente calado.

O futebol brasileiro tem que ser refeito, os clubes precisam questionar a CBF em conjunto, me levantei para aplaudir a diretoria do Flamengo, que tenta pagar as dívidas do clube em parceria com a torcida e conta com um time mediano, equilibrado com a realidade financeira, sem vender sonhos a torcida e com os pés no chão. O Internacional demonstra independência até mesmo da Rede Globo, por outro lado, o Botafogo se ajoelha perante a emissora em busca de adiantamento de cotas de TV. Ridículo.

Enquanto o "imediatismo" for o objetivo de cada diretoria, os clubes serão os mais prejudicados e, consequentemente, o torcedor. Sempre utilizaram da teoria: Queremos jogador X, ele custa 10, temos 7, pegamos 3 emprestado a juros altos. No fim, o jogador pode até contribuir para o título, mas no Brasil sabemos que o título não traz dinheiro o suficiente, então a dívida se engaveta e se torna outra bola de neve nas contas do clube. É essa a realidade e assim, as feridas estarão abertas cada vez mais.

Comparo com o Campeonato Italiano, tinha força, era incrível, mas os clubes eram vítimas das péssimas gestões, que lavavam dinheiro em seus comandos e não amavam os clubes, agora o campeonato passa por uma crise sem fim, o Brasileiro tem o mesmo destino e não acredito que vá demorar, está acontecendo, mas ainda é a ponta do iceberg.

Nós, amantes do futebol, só podemos respirar, por que nem torcer de pé podemos mais. Estão massacrando o nosso futebol e os torcedores de sofá nem sentem na pele. Ao desligar a televisão tudo volta ao normal.

~ Estou de volta, tentarei sempre escrever algumas bobagens, se você leu até aqui, compartilhe a sua opinião, pode me esculhambar abaixo, valeu, até a próxima ~