O futebol brasileiro passa por mais um momento de completa bagunça. Imerso em casos escancarados de corrupção que a atual gestão da CBF tenta - desastradamente - colocar para baixo do tapete, membros do Bom Senso F.C. se posicionam contrários através de protestos e ações organizadas, de modo que escancaram ainda mais os problemas, mostrando a insatisfação de uma classe importantíssima para que o futebol aconteça: os jogadores.
Na tarde da última terça-feira (15), aconteceu na sede da entidade um dos manifestos, chamada de #OcupaCBF, que contará com a presença de Alex, ex-meia do Coritiba, juntamente com outros jogadores e ex-jogadoes, como Zico, Raí, Paulo André, Afonsinho, Djalminha e Paulo César Caju, além do técnico Paulo Autuori.
Ilustração da revolução proposta pelo Bom Senso F.C.: Ainda falta apoio das federações estaduais. (Foto: Reprodução) |
Os protestos acontecem desde o Brasileirão de 2013, mas são tímidos os avanços. O que falta de incentivo ao futebol de base no país, transparência na gestão e moralização do futebol brasileiro, sobra de ostentação e enriquecimento por meio dos que presidem federações estaduais.
Delfin Peixoto assumiria caso Del Nero saísse, mas não é mais o primeiro na linha de sucessão, que agora conta com um vice-presidente mais velho que ele. (Foto: CBF) |
O atual vice-presidente da entidade, Delfin Peixoto, rompeu com a CBF e seria o próximo a assumir o posto de líder do órgão máximo de gestão do futebol em nosso país. Porém, em uma manobra suja, o presidente Marco Polo Del Nero, podendo ser banido ou renunciar ao cargo para investigação, indicou um candidato alinhado politicamente consigo.
O coronel Antônio Nunes, de 77 anos, foi o escolhido após votação envolvendo os 40 clubes das séries A e B e as 27 federações, como novo vice-presidente da entidade. Por ser o mais velhos do cargo, seria o próximo a assumir caso Del Nero deixasse o cargo.
O coronel nada mais é do que uma marionete, que Del Nero controlará por completo. Em sua primeira declaração, uma intervenção desastrosa ao dizer que "não há corrupção no futebol".
É válido lembrar que Ricardo Teixeira e José Maria Marin, assim como o atual presidente, estão sendo investigados pelo FBI e também pela CPI do Futebol, presidida por Romário.
As federações compactuam com a corrupção existente
Segundo dados divulgados pela própria CBF, apenas 3 votos dos 67 possíveis foram contrários ao nome de Antônio Nunes para o cargo. Os votantes se contentam com repasses que as mantém em funcionamento e os clubes ainda não se organizaram de maneira contrária à CBF.
Apesar da organização da Primeira Liga, que a entidade diz apoiar - até a página 5, vemos os clubes em dificuldade de se posicionar firmemente contra às intervenções que a Conferação Brasileira de Futebol aplicam no futebol do país.
Estão nos chamando de cegos
O atual presidente da entidade veio a público, na CPI do Futebol, ao lado do seu principal acusador, o senador Romário, para, categoricamente, afirmar que "a CBF nunca esteve tão aberta".
"Confesso que em nenhum dos procedimentos foi me dado o direito de saber os detalhes. Os fatos investigados datam de antes da minha gestão. Me defenderei em todos os foros adequados e não tenho dúvida da minha inocência. Tudo o que acumulei foi fruto do meu trabalho árduo," declarou Del Nero.
Romário, incrédulo com o que estava a ouvir, se mostrou impaciente e chegou a chamar o atual presidente de "ladrão". Com ânimos acalmados, a investigação continuará a acontecer.
Marco Polo sairá do comando da CBF, seja por vontade própria ou obrigado, pois sabe que mandará de qualquer forma enquanto o Coronel Antônio Nunes estiver lá. O futebol brasileiro permanece sujo e nem cuidam em disfarçar as manobras pitorescas para continuar com o poder em mãos. Respiramos por aparelhos, só não sabemos até quando.
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